É impressionante como venho vestindo com justeza as roupas de meu falecido pai.
A gravata fora de moda e estrita
As calças que ajustam os passos
As camisas com desenvoltura nos punhos.
Tenho apertado mais mãos depois de sua morte.
Às vezes me surpreendo ocupando seu vulto.
O tempo e a saudade vem cozendo um modelo fino de ausência.
A memória frouxa vem apertando cada medida minha que não se amolda.
Pai, de quem são estas mãos?